XXXIX CONCURSO FOTOGRÁFICO DE MANTEIGAS
IMAGINATURE 2025 – FOTÓGRAFO DE PAISAGEM DO ANO

 

REGRAS E AJUSTES DIGITAIS


 
Nesta página, encontrará as regras do concurso, nomeadamente as que dizem respeito ao pós-processamento permitido sobre as imagens a concurso. Estas regras foram elaboradas para que a fotografia inscrita represente cenários e momentos reais e para que possa esclarecer algumas das dúvidas que tenha sobre o que se pode ou não ajustar digitalmente.
 
No entanto, tenha em atenção que os jurados usam sempre o seu critério e a sua sensibilidade ao julgar as fotografias submetidas. Os requisitos de inscrição e outra informação podem ser encontrados na página “Normas de Participação”.
 
Este concurso tem como objetivo apresentar o melhor da paisagem natural captada em formato digital. Os ajustes digitais são permitidos, desde que:
 
“A integridade do sujeito seja mantida.”
 
Esta é a nossa regra de ouro, à qual deve sempre recorrer caso tenha dúvidas sobre algum processo específico. Outra forma de analisar isto seria dizer que: um observador familiarizado com a paisagem e com o processo fotográfico não se deve sentir enganado se lhe forem mostradas a cena original e o ficheiro original. O pós-processamento não deve desvirtuar o momento captado no negativo digital.
 
A maioria das técnicas de pós-processamento disponíveis nos módulos básicos dos softwares de edição são permitidas; no entanto, a decisão final sobre o que será aceite para a competição caberá aos jurados.
 
Sabemos que esta regra de ouro pode ser difícil de interpretar, por isso, para melhor esclarecer, apresentamos de seguida uma série de razões pelas quais as imagens podem ser rejeitadas, juntamente com alguns exemplos destas técnicas.
 
1. Introduzir novos elementos ou “compor” a partir de fontes fotográficas ou pintura digital. Por exemplo, adicionar céus, primeiros planos, animais, neblina, sol, lua, arco-íris, raios solares, efeitos de iluminação, etc. à imagem original. Um dos casos mais comuns de desclassificação da competição é o uso de clarear/escurecer e efeitos de cor para introduzir luz que não existia num cenário.
 
2. Remover elementos significativos da cena original. Por exemplo, clonar uma árvore, edifícios ou postes de energia. No entanto, é permitido remover elementos pequenos e transitórios – por exemplo, uma folha, um pequeno ramo, um saco de plástico (lixo) ou um carro distante. Isto deve ser feito com cautela e critério. Os jurados penalizarão as submissões que se basearem fortemente na remoção de objetos para aperfeiçoar uma composição. Uma boa maneira de perceber se pode ou não remover um objeto é fazer a pergunta: isto daqui a uns dias ainda estará aqui? Poderia ter feito uma composição semelhante sem incluir estes objetos? Os participantes podem (e devem) também remover manchas de sensor.
 
3. Distorcer elementos existentes. Por exemplo, esticar montanhas para as tornar mais dramáticas. No entanto, a correção de distorções da objetiva (deformações mínimas), o controlo da perspetiva ou a realização de distorções necessárias para a criação de panoramas são permitidas.
 
4. Combinar imagens tiradas a diferentes distâncias focais para criar imagens que combinem o “melhor dos dois mundos”. Por exemplo, fotografar em primeiro plano com 14 mm e um plano de fundo com uma montanha com 50 mm e combinar os dois.
 
5. Combinar imagens tiradas em momentos significativamente diferentes. Por exemplo, fotografar um primeiro plano pouco antes do pôr do sol e combiná-lo com nuvens iluminadas com a luz avermelhada a seguir ao pôr do sol ou elementos astronómicos captados durante a noite.
 
6. Combinar as melhores partes de uma sequência de imagens para criar um “momento perfeito”. Por exemplo, combinar 10 imagens diferentes de ondas a rebentar na mesma cena para criar uma imagem em que as ondas estão a rebentar em todo o lado simultaneamente. Qualquer combinação realizada fora da câmera de mais do que uma imagem não será aceite pelos jurados (exceto para a realização de panorâmicas).
 

AJUSTES DIGITAIS PERMITIDOS E EXCEÇÕES

 
Espera-se que o fotógrafo faça ajustes digitais comuns, como alterações de: Equilíbrio de Brancos, Exposição, Realces, Sombras, Ponto Branco, Ponto Preto, Cor e Contraste, bem como remoção de manchas de sensor. Estas alterações podem ser feitas em toda a imagem e/ou localmente (como a subexposição e a sobreexposição). Algumas destas alterações podem ser significativas, desde que se siga a regra de ouro – “A integridade do sujeito deve ser mantida”. Se os seus ajustes não desvirtuarem o cenário retratado, estamos certos de que os jurados a avaliarão sem qualquer penalização.
 
As conversões em preto e branco são permitidas.
 
O contraste forte e a subexposição/sobre-exposição podem ser utilizados, desde que estas técnicas não sejam utilizadas para “clonar” eficazmente o conteúdo da imagem simplesmente escurecendo-a para preto ou clareando-a para branco, ou para adicionar luz a uma parte de uma cena onde não havia luz.
 
São permitidos cortes, mesmo cortes significativos, desde que a imagem permaneça suficientemente detalhada para produzir uma impressão de alta qualidade (mínimo 3500px na margem longa). Lembre-se, no entanto, que os juízes podem penalizar as inscrições que dependem muito do corte para aperfeiçoar a cena. Valorizamos muito o trabalho de campo.
O pós-processamento continua a ser uma parte essencial para concretizar o potencial de uma imagem e da visão do fotógrafo.
 

DIRETRIZES ADICIONAIS

 

A vossa competição permite a inclusão de objetos feitos pelo homem ou pessoas?

Em parte. Reconhecemos que o ser humano é construtor da paisagem e parte integrante dos ambientes naturais. No entanto, as fotografias não devem incluir pessoas (por exemplo, para demonstrar escala), nem as pessoas devem ser o elemento principal da composição. As imagens devem ser de e sobre assuntos predominantemente naturais. No que diz respeito a paisagens humanizadas ou com elementos construídos pelo Homem, estes elementos não devem ser o elemento principal da composição, nem ocupar lugar de destaque na fotografia. Exemplos permitidos poderão ser a inclusão das margens do Zêzere, no Covão da Ametade, que foram construídas pelo Homem, desde que seja o rio e não a margem construída o elemento principal da composição. Outro exemplo será uma pequena casa de pedra no meio da paisagem. Paisagens artificiais, como parques, jardins ou terrenos agrícolas já não colherão aceitação por parte do júri.
 

Posso participar no concurso se ganhei prémios no ano passado?

Sim.
 

Posso inscrever imagens que fiz em 1998?

Não! As entradas devem ter sido captadas nos últimos cinco (5) anos (desde 15/11/2020).
 

Posso inscrever imagens que tenham ganho outros concursos?

Não, isso não é permitido; no entanto, só se aplica a imagens premiadas. Se a sua imagem ganhou uma menção honrosa pode submeter essa imagem.
 

Posso inscrever este ano imagens que inscrevi no ano anterior?

Sim, isto é permitido e não é uma má estratégia, tendo em conta que o nosso painel de jurados muda ano após ano.
 

A minha fotografia pode ganhar vários prémios?

Não. As fotografias são reconhecidas apenas numa categoria ou prémio para dar a outros fotógrafos a hipótese de serem reconhecidos na competição.
 

Posso participar com fotografias captadas em processo analógico?

Não. Embora reconheçamos o valor da fotografia analógica, em pé de igualdade com a digital, uma submissão desse tipo não garante os requisitos de autenticidade que regem este concurso sendo difícil de escrutinar, por exemplo, qual a data de captação da mesma.